AFROPUNK Bahia 2023 reúne grandes nomes da música mundial em dois dias de celebração à cultura afrodiasporica
Dois dias ensolarados e de muita festa, com o regaste à ancestralidade e a celebração…
Dois dias ensolarados e de muita festa, com o regaste à ancestralidade e a celebração da cultura preta como protagonistas. Foi assim a terceira edição do AFROPUNK Bahia, que serviu de palco para o aquilombamento de mais de 50 mil pessoas ao longo dos dias 18 e 19 de novembro, no Parque de Exposições, em Salvador, na Bahia. Além de brasileiros de todos os estados, o evento recebeu públicos do mundo todo como quenianos, holandeses, bolivianos e norte-americanos. Realizado pela IDW, o festival teve como objetivo celebrar a comunidade em suas diferentes configurações e manifestações, partindo do lema “Do Brooklyn à Bahia, celebraremos nossa comunidade em suas diferentes configurações com o mesmo sentimento: resgatar as trocas e a afetividade que nos foram roubadas”. Ao todo, foram mais de 20 horas de programação musical, degustação de culinária baiana, interação com as ativações de 5 marcas e um momento de glamour para os que passaram pelo Black Carpet.
O sábado começou com os DJ’s sets de QUEBRADAUM (Pivoman & Manigga) e do duo Trapfunk&Alivio convidando a Tash LC e DJ residente de Londres. Na sequência, as grades começaram a ser preenchidas pelo público que chegou cedo para aproveitar o show de Gaby Amarantos – em sua primeira apresentação após conquistar o primeiro Grammy Latino. Ela aproveitou o para dar um gostinho de um próximo álbum, intitulado Rave Carimbó, e também anunciou um volume 2 de TecnoShow (agora, com feats). A soteropolitana Majur agitou o início da tarde; seguida pelo show especial proposto pela curadoria do festival, Carlinhos Brown cantando Alfagamabetizado, seu álbum de estréia; a apresentação de Luccas Carlos convidando O Poeta, e Tasha e Tracie convidando a eterna rainha do funk Tati Quebra Barraco. Indicada a sete prêmios Grammy, a cantora norte-americana Victoria Monét entregou tudo em sua estreia no Brasil: coreografia, balé, faixas do álbum JAGUAR II e ela ainda arriscou cantar em português (no caso, um trechinho de “Magalenha”, de Sérgio Mendes). Djonga disse que esperou muito pelo momento em que cantaria “Olho de Tigre” no palco do AFROPUNK Bahia (um momento épico, tal qual o momento em que sua avó Maria entrou para dar a benção a todos os presentes). O sábado foi encerrado pelo pagodão d’O Kannalha, a grande aposta do festival cantou hits como “Penetra” e “Fraquinha” se tornando um dos pontos altos da primeira noite.
Já no domingo, Lunna Montty levantou o público logo cedo com seu DJ set. A sequência então foi comandada por Karen Francis, Olodum e AJULIACOSTA. Em conversa com a imprensa antes do show, Alcione compartilhou sobre como fica feliz por ver a juventude gostando de suas músicas. Bastou a artista iniciar o seu espetáculo, para um karaokê de fãs cantarem a plenos pulmões músicas como “Você Me Vira A Cabeça (Me Tira Do Sério)” e “Faz Uma Loucura Por Mim”. A escola de samba de coração da Marrom, a Mangueira, participou cantando o samba-enredo de 2024, que a homenageará. O início da noite foi brindado pelo pioneiro do grime no Brasil, VANDAL. Depois, IZA subiu ao palco com os principais hits de sua carreira e duas participações surpresa. A diva pop trouxe Russo Passapusso na faixa “Mega da Virada”, do último álbum, intitulado AFROHIT e a britânica Leigh-Anne (ex integrante do grupo pop Little Mix) – que cantou em português a faixa “Talismã”. Por fim, KayBlack e MC Caverinha subiram ao palco, antecipando o show exclusivo de encerramento do BaianaSystem, com os convidados Patche Di Rima e Noite Dia, além da participação surpresa das Ganhadeiras de Piatã.
Entre um show e outro, as mais de 25 mil pessoas presentes em cada dia puderam desfrutar de um cardápio completo e com opções de comidas vegetarianas e veganas protagonizadas por afro-empreendedores locais. Para espantar o calor, o público contou com opções refrescantes de drinks com Smirnoff e Devassa, além de bebedouros gratuitos no local. O entretenimento também foi garantido com a Valorant. Pelo segundo ano consecutivo, a marca enalteceu a pluralidade e a atitude dos Agentes Raze, Astra e Phoenix (personalidades do jogo virtual).
O planejamento de de ESG também foi um ponto forte do festival que, entre diversas ações cuidadosamente pensadas, promoveu um descarte inteligente de resíduos, auxiliando o público a fazer a separação do lixo de forma correta, reciclagem e compostagem ao vivo. Além disso, o evento contou com ações de acessibilidade, como comunicação inclusiva, fones de audiodescrição distribuídos, e plataformas PCD para que todos pudessem curtir o festival da melhor forma possível.
Realizado pela IDW, o AFROPUNK Bahia teve o Governo do Estado Bahia, Valorant e Smirnoff como patrocinadores oficiais. Devassa, Club Social, Salvador Shopping, ITS ACCOR GOL, Red Bull e Coca-Cola como apoiadores, enquanto a Prefeitura de Salvador e British Council foram os apoiadores institucionais. Os media partners foram TV Globo, Multishow, A Tarde FM, Alma Preta, Anônima, Aratu ON, Caja ON, Bahia FM, central de Mídia, Correio*, Eletromidia, Ibahia, Mural, Mídia Bus, Mupi Brasil, N&D, Nova Lapa, Pida, RD Mix, RD Sociedade, Revista Raça, Salvador FM, Vince Aeroporto, Wakanda Gossip. Já Águia Branca, BrAfrika, EC Bahia e EC Vitória foram parceiros.