A Galeria Risofloras, em Ceilândia-DF, recebe a exposição “Mavutsiní – Linhas que contam histórias”, do artista indígena Pigma Amarü Kamayurá, do território do Alto Xingu-MT. A mostra segue até 3 de maio, com visitação de terça a sábado, das 12h às 17h.

Pigma, nascido e criado na aldeia Yawalapiti, reflete sua cultura na identidade de suas obras. Seu trabalho estabelece uma ponte entre a aldeia e a cidade, transmitindo visualmente os conhecimentos ancestrais de seu povo e ressignificando tradições no contexto contemporâneo. Por meio da arte, ele compartilha a riqueza simbólica dos grafismos indígenas e a relação espiritual que seu povo mantém com a natureza, tornando sua obra um elo entre diferentes mundos.

Inspirada na mitologia Kamayurá, a exposição faz referência a Mavutsiní, o Deus criador que deu origem a tudo por meio de seu filho. A produção do artista ressalta a resistência e a riqueza cultural dos povos originários, conectando diferentes mundos por meio da arte. Sua história está profundamente ligada à criação do equilíbrio entre os seres humanos, os animais e os elementos naturais.

Os grafismos indígenas presentes nas pinturas, sejam corporais, em tecidos ou em telas, desempenham um papel fundamental na preservação e transmissão do conhecimento ancestral. Mais do que elementos estéticos, esses traços carregam significados profundos, representando mitos, espíritos protetores, elementos da natureza e a própria identidade cultural de cada povo.

Visitação: terça a sábado, das 12h às 17h, até 3 de maio

Local: Galeria Risofloras, Praça do Cidadão, EQNM 18/20, Ceilândia-DF