“Porto Estelar” é outra intriga de George R.R. Martin
O escritor americano George R.R. Martin, 76, está há tempos emaranhado no universo de “Game of…
O escritor americano George R.R. Martin, 76, está há tempos emaranhado no universo de “Game of Thrones”. Livros, séries de TV, prelúdios e sequências, sempre tem alguma coisa saindo. Agora, eis uma chance de apreciar a mente criativa do autor longe dos dragões. Saiu na virada do ano no Brasil a graphic novel “Porto Estelar”.
A história foi escrita como piloto de um filme para a TV, “Starport”, que seria produzido em 1994, mas não foi aprovado dentro do orçamento previsto. Em 2019, Raya Golden, que era assessora de Martin, cuidando de redes sociais e licenciamentos, fez valer sua graduação em Arte na Universidade de San Francisco.
A primeira graphic novel que ela desenhou foi com outra história de Martin, “O Homem do Depósito de Carne”. Mas é um gibi curto, de 40 páginas. Em “Porto Estelar”, ela teve à disposição uma aventura que rendeu 272 páginas de uma narrativa alucinante.
Com uma atmosfera de intriga a qual os seguidores de “Game of Thrones” estão acostumados, num futuro indeterminado a Terra é visitada por um coletivo de 314 espécies alienígenas. Seus emissários convidam os humanos para assumir a posição de espécie número 315. O Porto Estelar de Chicago recebe então uma grande delegação, que inclui diplomatas, comerciantes e turistas. A ideia é estabelecer um período inicial de convivência para que todos se conheçam melhor, e a partir daí, determinar as regras para uma integração total. A empolgação por um novo passo da humanidade vai perdendo força quando os problemas entre terráqueos e visitantes passam a preocupar a polícia de Chicago, em vários incidentes. Se é compreensível que a produção para a TV seria cara e complexa, no traço de Raya Golden o delírio tem toda a vazão necessária. Quem se define como fã de George R.R. Martin precisa ler. O lançamento é da Companhia das Letras.