Povos originários - Foto Divulgação

Povos originários retratam processo de luta em documentário

Inédito na TV, “Retomada” estreia no dia 11 de janeiro Após séculos de apagamento cultural…

Inédito na TV, “Retomada” estreia no dia 11 de janeiro

Após séculos de apagamento cultural e na luta diária contra o avanço do agronegócio, a região do Baixo Tapajós, localizada no encontro dos rios Tapajós e Amazonas, no estado do Pará, é retratada no documentário “Retomada”, que será exibido pela primeira vez na televisão no sábado, 11 de janeiro, às 20h, no Canal Brasil. O longa-metragem, dirigido por Ricardo Martensen, conta sobre o processo de luta que se iniciou no princípio do século XXI por meio de três histórias: das aldeias Castanhal dos Tupinambá e da Açaizal dos Mundurukus, e do jovem militante e comunicador Cristian Arapiun.

O documentário mostra como o Baixo Tapajós é pressionado pelo avanço do agronegócio, pela expansão da mineração e da extração ilegal de madeira, além do desmatamamento, do uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras monocultoras e da poluição dos rios e lagos. Apesar do contexto desafiador, os 13 povos que formam a região a fortaleceram em um processo de resistência e luta pela sua identidade cultural.

Retomada (2024) (72′) – Inédito

Horário: Sábado, dia 11/01, às 20h

Classificação indicativa: Livre

Direção: Ricardo Martensen

Sinopse: A aldeia Castanhal, dos tupinambás, sob a liderança da cacique Estévina, luta para consolidar sua identidade e preservar a floresta ao seu redor. Já a aldeia Açaizal, dos Mundurukus, encontra-se cercada pelos campos de soja, que trouxeram veneno para suas plantações e secaram o igarapé. Cristian Arapiun, um jovem de 18 anos, mora na cidade de Santarém e trabalha na equipe de comunicação do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns. Ele e seus amigos estão se preparando para cobrir o maior encontro indígena do mundo, que acontecerá em Brasília. O filme acompanha esse processo de resistência, que começou no início do século XXI, se fortaleceu ao longo do tempo, resistiu ao governo Bolsonaro e agora se encontra mais vigoroso do que nunca, através de três histórias. A aldeia Castanhal, liderada por Estévina, busca firmar sua identidade e preservar a floresta. A aldeia Açaizal, por sua vez, está isolada pelos campos de soja, enfrentando os danos causados pelos agrotóxicos e o desmatamento. Lá, os moradores resistem, registrando suas lutas com vídeos de celular e bloqueando as máquinas de destruição com seus próprios corpos. Por fim, a história de Cristian Arapiun, militante indígena, que, além de trabalhar na comunicação do Conselho, se prepara para vivenciar o maior encontro indígena do mundo em Brasília, dando visibilidade à luta de seu povo.