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Morte na família por Covid-19, inspira pai de família fazer rap contra Bolsonaro

++ A Covid-19 atinge mais de 300 indígenas e mata 77 O pai de família…

++ A Covid-19 atinge mais de 300 indígenas e mata 77

O pai de família Washington Romeu, mais conhecido como Shitão, morador da Vila São Paulo, bairro pobre de Ferraz de Vasconcelos – SP, tem 37 anos casado e com um filho de 15 anos de idade. É produtor musical, compositor e cantor de rap nas horas vagas, não sobrevive da música, mas é algo que ama fazer durante seu tempo livre.

Neste momento de quarentena em razão da pandemia do novo coronavírus, passou a se dedicar mais ao que gosta e com uma inspiração trágica devido uma morte na família fez a música que leva o mesmo título Pandemia.  

Perdi meu tio João recentemente para o covarde do Covid-19, ele morava na Zona Sul de São Paulo, ficou mais de 15 dias internado e não resistiu diante da dor resolvi expressar meus sentimentos, ser a voz de expressão dos mais frágeis, responsabilizar aquele que ao meu entender, mais confunde os brasileiros ao invés de se comportar como um verdadeiro líder de uma nação. Infelizmente na mesma semana outro tio faleceu, desta vez não por conta do coronavírus, tio Amilton, expressei toda essa dor que eu senti em forma de poesia. Comenta Shitão.

Na letra da música tem passagens atemporais para levar as pessoas dentro da viagem no qual foi escrita:

“Queria falar das flores mas só vejo os espinhos, não é só uma relação de péssimo ou realismo, Jesus antes da ressurreição foi coroado com espinhos, torturados pelo seus algoz, abandonado pelos seus amigos…” tem duplos sentidos para levar a pensar sobre o tema “covas abertas esperando eu e você o colapso da saúde ou o fim da quarentena…”, fala da dificuldade dos mais humildes em seguir recomendações simples, porém distante de suas realidade. “Meu rap é sujo igual o do Tupac, lava as mãos antes de fumar um back, passa gel no cabelo, bebe um copo de álcool” 

Música com 3 minutos e três refrões sendo que dois destes se mistura a letra causando um impacto em quem escuta, porém não são todos seguidos:

“Deus me defenda, Deus me defenda”

“Covarde 17, bolsominio passa pano. Nesta pandemia Bolsonaro é o pandemônio”

“Uns brincam outros levam a sério, infelizmente mais um caixão lacrado sem  velório no cemitério”

Através dos refrões dá para se ter uma ideia porque acho o Bolsonaro um dos responsáveis de tudo que ruim que vem acontecendo em nosso país principalmente agora, onde ele prefere defender sua família e seus amigos de campanha, ao invés de preocupar com números de mortes que só vem crescendo. O lema deste governo é “Arbeit macht frei” .

Quem tem voz não pode se calar por isso também fiz o videoclipe da música, tem a minha direção e produção, gravado no cemitério da minha cidade que leva o nome do Bairro Cambiri.  A fotografia é de impactar, as imagens são fortes, leva uma mensagem clara e objetiva para as pessoas se puderem ficar em casa e ignorar o presidente da república porque ele presta um desserviço à população. Finaliza!

Confira “Pandemia”: