O rapper P. Diddy, de 55 anos, detido desde setembro enquanto aguarda julgamento por acusações de tráfico sexual, extorsão e outros crimes, recebeu autorização judicial para utilizar um computador dentro da prisão. A decisão, assinada na quinta-feira (12) pelo juiz Arun Subramanian, designado para o caso em outubro, concede ao artista acesso limitado ao equipamento.

De acordo com o documento obtido pela revista People, Diddy poderá acessar o computador “sete dias por semana, das 8h às 15h30”. O objetivo principal da permissão é permitir que ele revise documentos referentes ao seu processo legal, enquanto permanece detido no Brooklyn Metropolitan Detention Center, em Nova York, após ter diversos pedidos de fiança negados.

O juiz Subramanian determinou que o computador terá funcionalidades restritas à visualização de materiais, sem a possibilidade de criar ou armazenar anotações. A defesa do rapper já havia solicitado o acesso ao equipamento, argumentando a necessidade de revisão dos documentos do caso, após a negação da fiança, justificada pelo juiz como uma medida para evitar “o risco de possível adulteração de testemunhas”.

Acusações e Prisão:

P. Diddy foi preso em 16 de setembro sob acusações que incluem conspiração para extorsão, tráfico sexual à força, fraude ou coerção e transporte para se envolver em prostituição. As acusações detalham a organização de eventos chamados “Freak-offs”, onde o rapper supostamente contratava profissionais do sexo para se relacionarem com as vítimas. Diddy, segundo as alegações, participava ou assistia aos atos. Os eventos, que duravam horas ou até dias, envolviam o uso de grandes quantidades de óleo de bebê e drogas como cetamina, ecstasy e GHB (Boa Noite Cinderela). As práticas criminosas eram gravadas e usadas como forma de chantagem.

As vítimas, caso se recusassem a participar dos atos, eram supostamente agredidas e ameaçadas por Diddy, como relatado pela sua ex-namorada, Cassie, que o denunciou à justiça. Outras mulheres também apresentaram queixas contra o rapper.

Após a prisão em setembro, Diddy solicitou o pagamento de fiança, mas o pedido foi negado, mantendo-o detido no Nova York MDC Brooklyn, onde aguarda o julgamento.