A Justiça arquivou oficialmente o processo que acusava o rapper Jay-Z e o produtor Sean “Diddy” Combs de estupro contra Jane Doe, então com 13 anos, em 2000. A decisão ocorreu após a suposta vítima retirar a denúncia, conforme noticiado nesta sexta-feira (14) pela revista Rolling Stone. Não há confirmação de acordo entre as partes.

A ação, inicialmente aberta em outubro de 2024, alegava que o crime ocorreu após uma festa do MTV Video Music Awards (VMA) em Nova York. Segundo o processo, Jane Doe teria sido convidada por um motorista para um evento onde assinou um documento descrito como “acordo de confidencialidade”. Ela relatou ter consumido uma bebida que a deixou “tonta”, seguida de suposto abuso sexual por Jay-Z e Diddy. Na época, a jovem também mencionou a presença de drogas como maconha e cocaína no local.

Jay-Z, identificado como “Celebridade A” nos autos, negou as acusações desde o início. Em nota enviada à Rolling Stone, o rapper afirmou: “Hoje é dia de vitória. As alegações frívolas, fictícias e terríveis foram rejeitadas […] O trauma que minha esposa, meus filhos, meus entes queridos e eu sofremos nunca poderá ser mensurado”. Ele também criticou o advogado da suposta vítima, Tony Buzbee, acusando-o de buscar benefício financeiro em casos sem fundamento.

Já Diddy, preso desde setembro de 2023 por outras acusações (estupro, tráfico sexual e associação ilícita, entre outras), não se manifestou sobre o arquivamento. O músico, que se declara inocente das demais acusações, foi citado como organizador da festa onde o suposto crime ocorreu.

O caso perdeu força após Jane Doe admitir inconsistências em seu relato durante entrevista à NBC. O juiz responsável optou pelo arquivamento após a retirada da denúncia, encerrando o processo sem análise de mérito. A defesa de Jay-Z destacou a falta de evidências e classificou a ação como “sem fundamento”.

A Rolling Stone ressaltou que não há informações sobre motivações ou possíveis compensações envolvidas na desistência da ação. O caso, que ganhou repercussão em dezembro de 2024, segue sem resolução sobre as alegações originais.