O lançamento do EP “Sem Auto-Tune” traz uma proposta inovadora ao criticar a pasteurização na indústria musical, especialmente no Hip-Hop. Espectro apresenta sete faixas livres de auto-tune, posicionando-se contra o uso excessivo da ferramenta. Em uma crítica bem-humorada à comercialização da música, cada faixa é satiricamente representada como um item de varejo.

“Trabalhando com algo imaterial, que mal ou bem precisa ser vendido e chegar nas pessoas, pensei: Como “produtizar” o “anti-produto”, já que o disco e as canções se propõem a não ser algo?” comenta Espectro.

“Spice,” com Choice, vira um frasco de pimenta, enquanto “Passinho das Danadas” é um par de chinelos, e o conceito do álbum transforma-se em uma caixa de sabão em pó que “lava toda a roupa suja” no Rap.

“Foi aí que encontrei a solução, parodiando e literalmente transformando cada single do disco em um produto de varejo, desses que a gente encontra no supermercado. Assim, levamos a cabo a ideia de satirizar a indústria, como se as músicas fossem apenas algo a ser vendido.” Finaliza.