Eduardo Taddeo fala sobre a importância dos eventos sociais em Brasília
O ex vocalista do grupo Facção Central esteve presente em uma palestra literária, em Ceilândia…
O ex vocalista do grupo Facção Central esteve presente em uma palestra literária, em Ceilândia
Dono de ideias autênticas, Eduardo Taddeo fala sobre a importância da produção dos eventos sociais, produzidos pelo hip hop. O ex vocalista do grupo Facção Central também aborda questões políticas, e como elas podem ser interpretadas pela periferia. O bate papo aconteceu em uma Palestra Literária, que o artista ministrou no Sesc, em Ceilândia.
Quando questionado sobre o que esperar de eventos sociais, o rapper conta que:
“A expectativa é de que, alguma informação ou ideia trocada acabe ficando no subconsciente das pessoas presentes nesse tipo de encontro”. O também estudante de direito acrescenta ainda que “é importante que isso seja passado para outras pessoas. Além disso, é preciso paciência, porque tudo é um trabalho de formiguinha”.
Sobre as questões politicas e educativas, Eduardo aborda ainda que é necessário convidar a comunidade para a militância e mostrar onde se está errando. O artista também destacou que não basta promover os eventos sociais, é preciso acreditar que movimentos dessa categoria possa promover algum bem para as pessoas.
“Não é uma ciência exata. Não tem como afirmar que de mil pessoas presentes, todas serão atingidas pelo conteúdo passado, mas que fica algo, isso podemos afirmar”.
Eduardo enfatiza também que é preciso alertar a periferia sobre alguns erros que, por falta de sabedoria, ela (a periferia) acaba cometendo. E lembra ainda que, mesmo sendo compositor de suas próprias canções e autor de dois livros, não se considera um palestrante, e sim um “cara do gueto”, disposto a trocar ideias com seu público, em diferentes regiões.
Ainda sobre a abordagem política, o cantor de São Paulo frisa que é primordial ensinar o caminho do livro e da educação para as pessoas carentes desse tipo de informação.
“Vivemos em um sistema (governo) que não quer que as pessoas da periferia pensem ou enxerguem a verdade. O que fazemos, quando realizamos eventos sociais, é ir na contra mão desse sistema.”
Para complementar, Eduardo opina que a televisão não é educativa, e a escola também falha nesse sentido. Segundo ele, o hip hop, que é tão marginalizado, acaba produzindo algo ímpar e promovendo o bem para quem precisa.