Eduardo Taddeo libera clipe cinematográfico de “Parque dos Monstros”
Nesta última quarta-feira (28), o rapper paulista Eduardo Taddeo liberou no seu canal oficial do…
Nesta última quarta-feira (28), o rapper paulista Eduardo Taddeo liberou no seu canal oficial do youtube o videoclipe da faixa “Parque dos Monstros”.
A música faz parte do álbum “Necrotério dos Vivos”, que teve prioridade do rapper para a criação do vídeo que tem produção cinematográfica e direção do Eduardo Taddeo.
O projeto do clipe teve a realização da Vulcam’s Filmes e apoio da Gringos Records.
Assista o videoclipe “Parque dos Monstros”:
Saiba mais sobre o rapper Eduardo Taddeo:
Carlos Eduardo Taddeo é filho de uma faxineira que teve quatro filhos em dois casamentos. Moravam em Santos, no litoral de São Paulo. Seu pai biológico era empresário da noite, mas casado oficialmente com outra mulher, embora inicialmente desse assistência a mãe de Eduardo.
No entanto, as dificuldades se agravaram com o afastamento gradativo do pai, que fizeram com que a mãe e os quatro filhos fossem morar em pensões, com banheiros coletivos. Aposentada por invalidez, com o mal de Chagas, “às vezes ela pedia esmola ou cesta básica na igreja”. Segundo depoimento pessoal, “às vezes, só tinha arroz e o feijão era aquela água”, o que o obrigava a ajudar a mãe pegando frutas e legumes nos fins de feira.
Estudou em escola pública até a quinta série do ensino fundamental, tendo abandonado os estudos logo depois. Míope, tinha vergonha de usar óculos. Suas roupas eram surradas e os tênis, velhos. Ganhava alguns trocados tomando conta de carro na rua.
Convivendo com o cotidiano do crime, a violência despertava nele um desejo de ser bandido. “Eu via os caras com tênis novos e queria ser criminoso”. Aos sete anos, “Carlos Eduardo Taddeo” furtou um toca-fitas e roubou dólares de um japonês. Noutra situação, foi parar na delegacia para averiguação de furto em um supermercado, mas saiu sem maiores consequências. Aos nove anos, começou a se envolver com outros criminosos, levando e trazendo armas. Odiava álcool, mas não benzina, maconha e cocaína e experimentou até crack. Com 16 anos, praticou assaltos à mão armada.
Eduardo atribui sua salvação do mundo do crime a um sujeito cujo apelido era Equipado, que era namorado de sua irmã e um pouco mais velho. Tinha esse apelido porque ia para a escola cheio das tralhas que roubava. Uma vez, Equipado mostrou um gravador com uma fita cassete da música “Corpo Fechado”, de Thaíde & DJ Hum, que Eduardo escutou. “Aquilo me pegou”, ele conta. “Era uma coisa de falar rimando, que eu achei que podia fazer. Escrevi uma letra, mostrei para o Equipado, e ele disse que eu mandava bem. Daí não parei mais.”
Dessa brincadeira, Eduardo perseguiu o sonho de ser rapper e, no fim da década de 1980, formou um grupo integrado por garotos de rua – entre os quais Washington Roberto Santana, mais conhecido como Dum-Dum – chamado “Esquadrão Menor”. Sem conseguir engrenar, o grupo se desfez e Eduardo aceitou um convite do sogro, então maître do Hotel Hilton, para trabalhar como ajudante de cozinha. Passou dois anos nessa função.
Em 1994, ele entrou para o Facção Central após a saída de Nego (atualmente conhecido como Rapper Mag), em 1995 gravaram o primeiro álbum de estúdio, o “Juventude de Atitude”.
Manteve-se no Facção Central até 18 de Março de 2013, quando comunicou oficialmente em um vídeo no Youtube que anunciava sua saída do grupo, devido a algumas desavenças pessoais e divergências ideológicas. Um ano após a saída do grupo lançou um disco duplo solo intitulado “A Fantástica Fábrica de Cadáver”.