O grupo da Zona Leste paulistana recebe Marcão (DMN / Realidade Cruel), Sombra (SNJ), Preta Ferreira, Quelynah, Max B.O., D’Oliveira e Lucas Afonso.

A bordo de uma caravana que há 12 anos roda pelos palcos, quebradas, escolas públicas e unidades da Fundação Casa, está a banda de rap Engrenagem Urbana. O novo disco, “Primeira Linha”, foi lançado digitalmente no dia 12/08, com participações de MCs de peso: Marcão (DMN / Realidade Cruel), Sombra SNJ, Preta Ferreira, Quelynah, Max B.O., D’Oliveira e Lucas Afonso (campeão do Slam Brasil).

Neste segundo álbum, o grupo traça linhas de raciocínio, linhas do tempo, linhas tênues e linhas imaginárias, sempre escrevendo certo por linhas tortas. A poesia é o forte de Samuel Porfírio, MC e compositor.

Enquanto o rap da Engrenagem Urbana é incrementado com aquele jazz de quebrada, de Zona Leste paulistana, as rimas e o flow são pura literatura marginal. Boom bap no melhor estilo old school. Junto a Samuel, estão: o tecladista e produtor musical Kiko de Sousa (que já tocou com Tássia Reis, Rincon Sapiência, Kamau e Mental Abstrato) e o baterista e beatmaker Wopper Black (que toca com Quebrada Instrumental, Tiziu e outros). O trio conta com a colaboração de Matheus MXM na produção e no contrabaixo.

Para se ter uma pista do que a galera de Itaquera prepara para esse lançamento, escute “Pássaros”, uma narrativa sobre postura e proceder que compara os comportamentos humanos com as diferentes espécies de aves. E “Amanhã”, último lançamento que antecede o álbum.

Saiba Mais sobre o ENGRENAGEM URBANA:

Uma banda de rap que se tornou referência nas quebradas da Zona Leste paulistana. A Engrenagem Urbana e suas mensagens espertas não param. Além de circular incessantemente por São Paulo com seus shows, o quarteto artivista constrói pontes através de projetos sociais. Oficinas de Rimas no MSE (Serviço de Medida Sócio Educativa), aulas em unidades da Fundação Casa, palestras em escolas da rede pública nas quebradas da ZL são algumas das atividades que a Engrenagem Urbana desenvolve. Porque ali, o movimento hip hop é genuíno.

Para entrar no universo da Engrenagem Urbana, vale escutar os EPs “Leve Toda a Dor” (2014) e “Engrenagem Urbana” (2011) e o primeiro álbum “Mil Histórias de uma Cidade, para Mil e um Corações” (2016), com influências de jazz, soul e R&B, onde o lirismo poético extravasa com participações especialíssimas de Tássia Reis, Xis e Rincon Sapiência. Estes dois rappers também estão no clipe “São Paulo dos Marginais”.

O grupo já participou de grandes shows: abriu para Emicida, Chico César, Arnaldo Antunes, Banda Black Rio, Tulipa Ruiz… Acabou de dividir o palco com Rincon Sapiência na Casa Natura, é atração garantida no Circuito Municipal de Cultura e nos SESCs e já esteve no lineup de duas edições da Virada Cultural.