O projeto já começa a ganhar vida com o lançamento do primeiro single, disponível à meia-noite desta última quinta-feira (27). Fique ligado para saber mais sobre essa parceria!

Kelven Vargas: Gostaria de saber referências de inspiração na criação do novo disco e como foi esse desenvolvimento criativo com o papatinho no novo single.

MD CHEFE: As minhas principais inspirações para esse novo disco vieram da vontade de inovar dentro do rap nacional. Percebi que o nosso movimento está muito saturado, com muitos artistas seguindo apenas as tendências do momento, em vez de buscar novas sonoridades. Eu prefiro um caminho mais ousado, ir contra a maré. Diante desse cenário, estudei novas referências e encontrei no West Coast Club uma conexão forte com o Rio de Janeiro. Aqui, o clima e o lifestyle têm tudo a ver com esse movimento, mas percebi que, apesar de sermos o maior país da América Latina, ainda exploramos pouco nossa identidade litorânea e latina – diferente de lugares como México e Colômbia, que sabem valorizar sua cultura e estilo de vida na música.
Quando conversei com o Papatinho sobre essa ideia, ele imediatamente trouxe milhares de referências para potencializar esse conceito. Juntos, decidimos expressar o lifestyle de um rapper rico e litorâneo, trazendo essa energia de entretenimento e ostentação de uma forma autêntica e inovadora para a cena do rap nacional.

Kelven Vargas: Em relação a sua atuação na área de ator profissional, você pensa em fazer algum tipo de material retratando a sua história (documentário ou filme)

MD CHEFE: Sim. Gostaria de estar vivo nesse momento. Creio que não será agora. Quero ter mais feitos na história do rap. Quero crescer mais um pouco, até porque tem os momentos certos de todas as coisas. Vai ter um momento certo para ter um documentário sobre o MD Chefe. Quero eu mesmo estar protagonizando o meu filme.

Kelven Vargas: Sabemos que você deu início a sua carreira no rap através das batalhas, nos seus novos projetos você puxa ramificações no freestyle no desenvolvimento da letra ou foi algo mais pensado ao cantar?

MD CHEFE: Não escrevo as minhas músicas no papel, eu faço tudo da minha cabeça mesmo. Todos os meus raps são de freestyle, sabe. Eu penso e faço, como freestyle tradicional.

Kelven Vargas: Qual produtor musical de fora você sonha em colaborar em um trabalho?

MD CHEFE: Eu estou muito feliz com o que eu estou fazendo com o Papatinho, sabe? Nesse momento, é o cara que eu estou priorizando trabalhar agora. Estou fazendo bons trabalhos com ele e à princípio não tenho na minha cabeça um produtor para trabalhar lá fora. Quero esperar estar lá fora, fazer bons relacionamentos. Gosto muito do Mike Will Make it, Metro Boomin e 808 Mafia. Acompanho muitos produtores, mas ainda não é o momento. Gosto de trabalhar com inteligência. Por enquanto, estou focado no trabalho com o Papatinho, que é o maior produtor de rap que a gente tem e é muito bom você ter esse peso no seu projeto.

Kelven Vargas: Com o novo projeto você busca fazer turnês com show tematicamente voltado para o álbum?

MD CHEFE: Com certeza, essa é uma das minhas prioridades. Inclusive, a gente está investindo cada vez mais em reuniões para falar sobre isso. Podem esperar um show cinematográfico. Vai ser uma temporada legal.